简体中文
繁體中文
English
Pусский
日本語
ภาษาไทย
Tiếng Việt
Bahasa Indonesia
Español
हिन्दी
Filippiiniläinen
Français
Deutsch
Português
Türkçe
한국어
العربية
Trump & Xi Selam a Trégua: Tarifas Reduzidas e Terras Raras Liberadas por 1 Ano
Resumo:Na quinta-feira, 30 de outubro de 2025, Donald Trump e Xi Jinping concluíram uma rodada de negociações em uma base aérea na Coreia do Sul (área de Busan). Foi o primeiro encontro entre os dois líderes no segundo mandato de Trump e aconteceu num contexto de reprecificação do risco geopolítico, após meses de disputas em torno de tarifas, cadeias de suprimento e tecnologia. Segundo ambos, a conversa foi “positiva”, com otimismo para um arrefecimento da tensão comercial.

Na quinta-feira, 30 de outubro de 2025, Donald Trump e Xi Jinping concluíram uma rodada de negociações em uma base aérea na Coreia do Sul (área de Busan). Foi o primeiro encontro entre os dois líderes no segundo mandato de Trump e aconteceu num contexto de reprecificação do risco geopolítico, após meses de disputas em torno de tarifas, cadeias de suprimento e tecnologia. Segundo ambos, a conversa foi “positiva”, com otimismo para um arrefecimento da tensão comercial.
O Que Foi Anunciado: O Núcleo do Acordo
Ao término das conversas, Trump afirmou ter fechado um pacote de medidas com três pilares comerciais e um de segurança pública:
- Redução de tarifas sobre produtos chineses: os EUA anunciaram alívio tarifário imediato — em uma frente específica, de 57% para 47% — como parte de um arranjo recíproco, com verificação de implementação ao longo dos próximos meses.
- Soja dos EUA volta à pauta: Pequim retomará compras de soja norte-americana, o que oferece impulso de curto prazo ao agronegócio dos EUA e sinaliza normalização de fluxos em um setor politicamente sensível.
- Terras raras: suspensão temporária de controles: a China suspenderá por 1 ano as restrições às exportações de terras raras, retirando um gargalo crítico para semicondutores, baterias e veículos elétricos. A expectativa é de renovação anual, sujeita a avaliação de cumprimento.
- Fentanil: cooperação operacional: Pequim reforçará o combate aos precursores químicos do fentanil, e os EUA reduzirão tarifas ligadas ao tema (Trump falou em “redução de 10 pontos percentuais” nessa frente), conectando comércio e segurança em um mesmo instrumento de negociação.
Pontos importantes:
- Chips Blackwell da Nvidianão entraram no acordo; o impasse tecnológico permanece praticamente inalterado.
- “Fase um” do antigo acordo comercial e temas sensíveis de export controls ficaram sem definição estrutural.
- Taiwan “não entrou” na agenda, de acordo com Trump — outro indicativo de uma trégua tática, não uma reengenharia das relações.
Como Os Mercados Reagiram: Alívio Sem Euforia
Apesar da retórica bastante otimista de Trump (“nota 12 em 10”), a reação inicial foi cautelosa — um alívio lido mais como “trégua” do que como “reset” estrutural da relação.
- Ásia fechou majoritariamente em baixa: Xangai-0,73%, Shenzhen-1,27%, Hang Seng-0,24%; exceções pontuais: Nikkei +0,03% (máxima histórica com apoio do BoJ) e Kospi +0,14%. A Austrália (S&P/ASX 200) caiu -0,46% no terceiro pregão negativo.
- Europa abriu mista: Londres -0,41%, Paris -0,62%, Frankfurt +0,16%, Milão -0,26%, Madri -0,44%, Lisboa +0,15% — um quadro morno com balanços corporativos e espera por dados do BCE; o alívio tarifário entrou no radar, mas não foi gatilho de rali amplo.
- EUA (futuros): Dow -0,25% no pré-mercado; S&P 500 e Nasdaq 100 com quedas marginais, absorvendo o corte de 25 pb do Fed, o call de prudência de Powell (“sem garantia de novo corte em dezembro”) e o pacote Trump–Xi.
Tradução financeira: os agentes veem cooperação tática (soja/terras raras/fentanil) como positiva, mas não suficiente para alterar o status quo tecnológico e estratégico — logo, preços sensíveis a manchetes permanecem.
Impacto por Ativo: Câmbio, Ações, Commodities e Crédito
Moedas — USD, CNY, AUD/NZD, JPY
- USD: sob o pano de fundo do Fed dovish, o dólar tem viés misto — alívio tarifário e reanimação do comércio podem tirar prêmio de risco do USD, mas a falta de avanço em tecnologia mantém hedges ativos.
- CNY (yuan): tende a apreciar moderadamente com perspectiva de menos tarifas e previsibilidade sobre terras raras; ainda assim, disputa tech limita forte rali.
- AUD/NZD: moedas pró-ciclo e sensíveis à China ganham impulso tático (agro, mineração, logística), especialmente via soja e insumos industriais.
- JPY: segue como porto-segurose manchetes azedarem; por ora, leve neutralidade com o BoJ mantendo juros, mas pronto para ajustes graduais “se necessário”.
Ações — China/HK, EUA (Tech e Industriais)
- China/HK: apesar da narrativa positiva, os índices cederam; investidores esperam detalhes executáveis e cronogramas (o mercado já precificara parte do alívio).
- EUA: techs viveram volatilidade por resultados e capex em IA; a “guerra de chips” segue intacta (nada de Blackwell), mas fluxos setoriais se reorientam conforme terras raras destravam gargalos por 1 ano.
Commodities — Soja, Terras Raras, Metais
- Soja EUA: benefício direto da retomada de compras chinesas — alta esperada nas cotações spot e futuros, logística e fretes reprecificados.
- Terras raras: a suspensão anual de controles reduz risco de racionamento, melhora visibilidade de supply para EVs/semis, e pode baixar prêmios de risco setoriais, sem resolver a dependência estrutural.
- Metais: alívio pode sustentar industriais (níquel, cobre, lítio) na margem, mas execução é a palavra-chave.
Crédito — Sensibilidade a Manchetes
- A leitura dos grandes gestores é que essa trégua produz “dessazonalização” do risco, sem ser pivô macro-estrutural. Spreads podem estreitar na margem, mas headline risk continua alto — qualquer tuíte ou ruído reabre aversão.
O Que Ficou de Fora — E Por Que Isso É Relevante
Especialistas chamaram atenção para lacunas e condicionalidades:
- Sem cronograma rígido para terras raras além do horizonte de 1 ano;
- Soja ajuda, mas depende da necessidade industrial das processadoras chinesas;
- Fentanil exige cooperação operacional contínua (fiscalização, inteligência);
- Chips Blackwellnão foram autorizados, com a Casa Branca reiterando limites;
- Revogação ampla de tarifas ou suspensão de restrições tecnológicasnão aconteceu.
Para muitos CIOs e estrategistas, é uma “pausa tática”, não um avanço estratégico. O desacoplamento estrutural permanece, ainda que cercado por janelas de cooperação.
O Que Disseram os Analistas — Sinais em Comum
“Redefinição inicial da narrativa, com canais seletivos reabertos” (Saxo).
- “Mercados já tinham precificado parte; reação positiva, mas contida” (DBS).
- “Agricultura e tecnologia recebem apoio tático; dissociação persiste” (State Street GA).
- “É alívio, não reestruturação; agricultura aparece primeiro” (Maybank).
- “Sem grandes surpresas otimistas; risco de movimento anticlimático” (Kingston Securities).
O consenso: bom primeiro passo, execução ainda nebulosa. Confiança dependerá de estabilidade nas próximas semanas, com implementação verificável e declarações consistentes dos dois lados.
Conexão com o Fed: Por Que a Política Monetária Amplifica (ou Amortece) o Efeito
No mesmo eixo temporal do encontro, o Federal Reserve promoveu novo corte de 25 pb (faixa 3,75%–4,00%) e alertou contra excesso de confiança do mercado — sem prometer corte em dezembro. Esse pano de fundo monetário produz dois efeitos:
- Dólar menos forte no médio prazo (se o Fed seguir cortando), o que potencializa ganhos de moedas pró-ciclo caso a trégua EUA–China avance;
- Sensibilidade alta a guidance de bancos centrais: se Powell endurecer o tom, o USD pode fortalecer e anular parte do alívio vindo da geopolítica.
408 Analistas de mercado reagem…
O Que Isso Significa Para o Trader de Forex (e Para o Investidor Brasileiro)
Pares diretamente afetados:
- USD/CNY: tende a ceder (yuan mais forte) com tarifas menores e clareza em terras raras — desde que novas sanções não surjam no front tecnológico.
- AUD/USD e NZD/USD: elástico positivo via commodities e cadeia asiática; qualquer ruído tech limita continuação.
- USD/JPY: neutro-defensivo; se manchetes azedarem, JPY se valoriza por hedge.
- EUR/USD e GBP/USD: ganham com USD fraco, mas dependem do guidance do Fed e da força do ciclo europeu.
Para o Brasil (USD/BRL):
- O canal soja é positivo para a percepção de risco agrícola global; por outro lado, real reage muito mais ao Fed e ao fluxo em emergentes. Dovish americano + trégua comercial favorecem BRL; hawkish ou ruído tech podem reverter.
Cenários: Do “Alívio Sustentado” ao “Anticlimax”
Base (maior probabilidade): cooperação tática persiste; terras raras fluem por 1 ano; soja reforça agro americano; tarifas sofrem redução seletiva; CNY firme na margem; AUD/NZD favorecidos; equities asiáticas oscilam entre otimismo moderado e espera por detalhes.
Positivo (pois é, mas depende): anúncio de detalhes executáveis (cronogramas, volumes de compras, mecanismos de verificação) — abre rali mais nítido em Ásia, estreita spreads e enfraquece o USD no curto prazo.
Negativo (não improvável): retórica endurece — Trump reativa ameaças tarifárias; China restabelece controles sobre terras raras; Fed sinaliza pausa nos cortes; USD fortalece; risk-off volta; ouro reage e moedas EM sofrem.
Conclusão: Uma Trégua Tática que Redesenha o Curto Prazo, Mas Não o Tabuleiro
O encontro Trump–Xientrega:
- alívio tarifárioseletivo;
- retomada da soja;
- terras rarasliberadas por 1 ano;
- cooperação contra precursores de fentanil.
Mas não resolve:
- a guerra tecnológica (nada de Blackwell);
- a dissociação estrutural das cadeias de alto valor;
- a incerteza criada por manchetes voláteis e interesses domésticos em ano/agenda política.
A mensagem ao trader é simples: bom fôlego tático, sem mudança de regime. Forex continuará sensível ao Fed e às notícias do eixo comércio/tecnologia. Para quem opera USD/CNY, AUD/USD, USD/JPY e cruzes de Ásia-Pacífico, a execução do acordo — mais do que a foto do aperto de mãos — dirá se este alívio vira tendência… ou mais um interlúdio entre duas rodadas de tensão.
Palavras-chave:Trump e Xi, tarifas EUA–China, terras raras, soja, fentanil, guerra de chips, Blackwell (Nvidia), yuan (CNY), AUD/NZD, USD/JPY, Fed, corte de juros, bolsas asiáticas, bolsas europeias, risco geopolítico, Forex.

Isenção de responsabilidade:
Os pontos de vista expressos neste artigo representam a opinião pessoal do autor e não constituem conselhos de investimento da plataforma. A plataforma não garante a veracidade, completude ou actualidade da informação contida neste artigo e não é responsável por quaisquer perdas resultantes da utilização ou confiança na informação contida neste artigo.
Corretora WikiFX
Plus500
FOREX.com
AVATRADE
JustMarkets
Ultima Markets
ATFX
Plus500
FOREX.com
AVATRADE
JustMarkets
Ultima Markets
ATFX
Corretora WikiFX
Plus500
FOREX.com
AVATRADE
JustMarkets
Ultima Markets
ATFX
Plus500
FOREX.com
AVATRADE
JustMarkets
Ultima Markets
ATFX
